ANOREG/MT PARTICIPOU DE PAINEL SOBRE REGISTRO ELETRÔNICO EM ENCONTRO DOS OFICIAIS DE REGISTRO DE IMÓVEIS

A Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso (Anoreg/MT) participou nesta terça-feira (27.09), do painel “Registro Eletrônico – Portal de Integração dos Registradores de Imóveis do Brasil”, no XLIII Encontro dos Oficiais de Registro de Imóveis do Brasil, em Salvador/BA. O painel destacou as ações da Coordenação Nacional das Centrais de Serviços Eletrônicos Compartilhados, do qual a associação faz parte, que tem tido uma ação protagonista para a união de todas as centrais eletrônicas estaduais.

O portal RegistradoresBR (registradoresbr.org.br) é uma iniciativa que vem atender ao Provimento nº 47/2015, do Conselho Nacional de Justiça, que dispôs as diretrizes gerais para o Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis.

“Nesse cenário de constantes mudanças legislativas e regulamentares, que promovem a atualização e a modernização das atividades registrais brasileiras, muito trabalho tem sido exigido do IRIB, para que esse salto para um patamar tecnológico superior em nosso campo de atuação seja acompanhado pela categoria nos mais longínquos pontos do território nacional. A criação do portal visa à universalização do acesso ao tráfego eletrônico de dados e títulos, além do estabelecimento de padrões de interoperabilidade para a integração do Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis no país”, disse o presidente do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB), João Pedro Lamana Paiva.

Em abril deste ano, em uma ação capitaneada pelo IRIB, com o aval da ARISP, dos Colégios Registrais dos estados, da ANOREG-DF, do CORI-MG, da ANOREG-BR e de suas representações estaduais, foi criada, por meio de termo de compromisso, a Coordenação Nacional das Centrais de Serviços Eletrônicos Compartilhados, organização de natureza técnica, destinada a coordenar as referidas centrais visando à universalização do acesso ao tráfego eletrônico de dados e títulos.

A presidente da Anoreg/MT, Maria Aparecida Bianchin, contou que a Central do Mato Grosso nasceu pra atender as especificidades do estado, ela integra desde o Registro Civil das Pessoas Naturais até o Registro de Imóveis.

“No Mato Grosso, todas as serventias estão concentradas, definidas e defendidas no 1º Ofício e no 2º Ofício, ou seja, não faria sentido que se criasse uma central específica para cada especialidade, se o mesmo cartório acumula várias especialidades. Nossa Central nasceu antes do Provimento nº 47, mas não distante ela já previu esse provimento, o que traria totais condições de se interligar a todas as outras centrais e serem ampliadas em todo o país”.

O vice-presidente de Registro de Imóveis da Anoreg-BR e vice-presidente do IRIB para o DF, Luiz Gustavo Leão, em sua fala, ressaltou que o registro eletrônico é uma grande oportunidade para os registradores demonstrarem o quanto são essenciais à segurança jurídica e ao trafego imobiliário.

“Operando eletronicamente e de forma eficiente, não correremos risco de que bancos ou mesmo o governo pensem em sistemas alternativos. Além de sermos símbolos de segurança jurídica, seremos absolutamente necessários. A central do DF já funciona há mais de 10 anos, com muito resultados. Além dos cartórios do DF, possui convênios para o registro eletrônico dos estados de Alagoas, Acre, Goiás e Rio de Janeiro”.

O oficial do 10º Registro de imóveis de São Paulo, Flaviano Galhardo, falou sobre as vantagens e as desvantagens do modelo das centrais estudais.

“Fica muito difícil conseguir um serviço uniforme em todo o território nacional, o que nos obriga a aceitar as diferenças locais, que são muitas, entre elas, as formas de acesso ou de pagamento. Esse, então, é um dos pontos negativos, mas o trabalho da Coordenação Nacional está no rumo certo, amenizando as nuances. Por outro lado, a vantagem do Provimento nº 47, em primeiro lugar, foi a reafirmação do Poder Judiciário como ente competente para normatizar o registro eletrônico, isso foi muito importante. Outro avanço foi que, com a edição do provimento, nós efetivamente demos início aos trabalhos”.

O painel contou, ainda, com a participação do presidente do CORI-MG, Francisco José Rezende dos Santos.

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